Notícias

Música, não te quero verde.

“Homem que correu fantasiado de Hulk não consegue voltar à ‘forma humana’”

“Para aguentar o difícil trajeto, com várias subidas inclinadas, do Desafio da Paz, no Complexo do Alemão, o guardião de Piscina Paulo Henrique dos Santos, de 35 anos, resolveu se fantasiar de o Incrível Hulk e buscar forças dignas do herói do cinema. Durante a competição, no Complexo do Alemão, a fantasia fez sucesso. Mas na hora de se livrar dela, a surpresa: Paulo Henrique não conseguiu voltar à ‘forma humana’.” (Fonte: Jornal Extra)

Esta não é uma notícia comum. A primeira reação das pessoas a uma história assim é variada. Alguns riem, outros repelem como mais uma coisa estranha do nosso tempo. Outros, ainda, são indiferentes como quem diz: Ah já vi coisas mais estranhas. Mas a verdade que poucos talvez pensem é que o homem da notícia acima, agora está descaracterizado. Na tentativa de chamar atenção para si, ao tentar parecer alguém que não era, tornou-se o que não desejava ser. Ele nem mesmo pode ir ao trabalho devido à nova coloração da sua pele.

Venho há algum tempo conversando com amigos e pensando em algumas coisas que se tornam verdadeiros “Hulks” contra nossa vontade, coisas a que damos um valor superior ao que elas verdadeiramente têm. Trata-se de enganos que são gerados muitas vezes por uma boa intenção, mas que se tornam em monstros contra nós. Jesus, inclusive, nos advertiu acerca de diversos enganos que poderiam nos distrair ao contempla-lo. (Mt 24.4).

Um bom exemplo para isso é o papel que a música, muitas vezes, tem na vida dos cristãos. Acredito que a maioria dos cristãos entenda na prática que, por exemplo, a música é uma importante ferramenta na vida cristã para edificação, ensino e aprendizado da Palavra. Porém, acredito ainda que muitos tenham pintado a música de verde, transformando-a em algo maior do que ela é. Chegando, muitas vezes, a substituir o próprio Senhor para algumas pessoas. Temo que na tentativa de promover uma ferramenta, a tenhamos transformado numa cópia muito mal feita da comunhão com Jesus. E com isso a igreja perde, e perde demais. Lembro-me da extrema dificuldade que tive como músico para entender que minha comunhão com Ele não estava limitada às música. Por muito tempo, atrelei o Senhor a certas canções por maio das quais já havia experimentado Sua presença.

Para acabar com esse engano foi necessário passar por um tempo de correção muito difícil por meio da qual experimentei o Senhor por diversas outras formas que não a música: a comunhão com os irmãos (comunidade), a intercessão, além do serviço. Experimentar com intensidade Sua graça em momentos assim me faz querer vivenciar mais e mais dessa riqueza. A música pode nos sensibilizar para uma ação de Jesus, mas está longe de ser a única forma para isso acontecer. Essa comunhão precisa ser experimentada em todas as suas facetas para sermos saudáveis e prosseguirmos em conhecer Deus (Os 6:3).

Assim como o “Hulk” da notícia ficou prejudicado pela fantasia, nosso relacionamento com Deus pode ser prejudicado por atribuirmos às coisas um valor maior ao que elas têm. Que o Senhor nos livre dos enganos que podem tirar o nosso foco Dele.

Filipe FlexaFilipe Flexa
Twitter: @FilipeFlexa
Facebook: https://www.facebook.com/filipe.flexa
Google+ Filipe Flexa

***

NOTÍCIA
http://extra.globo.com/noticias/rio/homem-que-correu-fantasiado-de-hulk-nao-consegue-voltar-
forma-humana-5038019.html

Conexão Eclésia
Últimos posts por Conexão Eclésia (exibir todos)

Conexão Eclésia

Amamos a Jesus, por isso lutamos por Sua vida na Igreja.