O dia em que perdi minha Bíblia
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Chegamos à nossa nova casa há poucos meses, e recentemente estive me lembrando do dia da nossa mudança, que foi marcante em pelo menos dois aspectos. Primeiramente pelo stress de toda mudança, mas também pela preocupação que me veio por pensar que havia perdido minha Bíblia.
Logo que comecei a arrumar minhas coisas, percebi que minha Bíblia havia desaparecido. Então comecei a revirar tudo para encontrá-la. Posso dizer que essa Bíblia tem um certo valor sentimental, pois nela tenho muitas anotações. Contudo, havia mais um motivo de peso para encontrá-la. Durante a mudança, eu havia deixado dentro da Bíblia um envelope com uma quantia em dinheiro para pagamento de algumas contas. Então, quando minha Bíblia sumiu, a preocupação apareceu. Afinal, como eu pagaria minhas contas?
Comecei a revirar tudo. Me senti como a mulher que procurava a dracma perdida. Já era madrugada, e quem estava aqui em casa talvez tenha se surpreendido ao ver meu empenho em achar uma Bíblia naquele horário. Só uma pessoa com muita fome da Palavra poderia estar fazendo aquilo.
Depois de procurar em quase todos os lugares, decidi dormir para que conseguisse acordar o mais cedo possível e ir à casa antiga, a fim de encontrar minha Bíblia lá. No dia seguinte, antes de sair, resolvi procurar mais uma vez. Então percebi que havia uma pequena caixa que eu ainda não havia aberto. Quando a abri, para minha alegria, lá estava a Bíblia. E para o meu alívio, lá estava o envelope.
Então, voltei ao quarto para dormir mais um pouco. Mas, assim que deitei, comecei a pensar sobre essa situação e a me perguntar se eu teria tal empenho em procurar a Bíblia apenas por ela mesma, já que Jesus nos disse: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna” (Jo. 6:27). E também declarou: “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt. 4:4).
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Nas Escrituras temos um tesouro de inestimável valor. João nos diz, em seu Evangelho, que relatou a vida de Jesus para que creiamos que este é o Filho de Deus, e assim tenhamos vida (Jo. 20:31). Já quanto à sua 1ª epístola, ele a escreveu para sabermos que temos a vida eterna (I Jo. 5:13). O Evangelho de Lucas foi escrito para que seu leitor tivesse plena certeza das verdades em que havia sido instruído (Lc. 1:1-3). Paulo nos diz que, para nossa segurança não se cansava de escrever as mesmas coisas (Fp. 3:1).
São incalculáveis as riquezas que encontramos na Bíblia, pois ela “é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (II Tm. 3:16,17). Pela paciência e consolação que nela há, temos esperança (Rm. 15:4).
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Poderíamos citar aqui vários benefícios que recebemos por meio das Escrituras. Mas experimentá-los é bem melhor do que saber sobre eles.
Que experimentemos das palavras de Deus, a tal ponto que possamos dizer que elas “são mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa” (Sl. 19:10,11).
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