O pecado da preguiça – parte 3
“O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta.” (Provérbios 13:4)
Parece que existe uma maldição que acompanha o preguiçoso pois ele convive com uma sensação de que nunca tem nada, de que sempre está faltando algo. Já o diligente, vive com a sensação de que está sempre farto, abundante.
“O caminho do preguiçoso é como que cercado de espinhos, mas a vereda dos retos é plana.” (Provérbios 15:19)
“A preguiça faz cair em profundo sono, e o ocioso vem a padecer fome.” (Provérbios 19:15)
“O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca.” (Provérbios 19:24)
Esse último verso se repete em Provérbios 26:15. O preguiçoso já “meteu a mão no prato”, já fez ou resolveu uma parte mas não quer ter o trabalho de concluir, de “levar à boca”. Isso é algo chocante e, infelizmente, existe demais no mundo hoje. A geração atual não quer ter trabalho. A grande maioria das pessoas nascidas nos últimos 30 anos, que o mundo chama de “Geração Y” e “Geração Z”, são múlti estimuladas. São pessoas de muitos talentos, de muitas oportunidades, mas que não se aprofundam em nada, não consolidam o que começam, não “vestem a camisa” do que fazem. Dificilmente vemos uma pessoa desta geração ficar mais de 10 anos em um mesmo emprego. É igual ao jogador de futebol moderno que troca continuamente de clube, e não é somente por uma questão de salário, mas, sim, por pertencer a uma geração que se estimula pela novidade e não se satisfaz com uma mesma coisa por muito tempo.
Trabalhar não é algo que emociona pois exige fazer a mesma coisa muitas vezes. Trabalhar, também, não é administrar uma situação caótica (pois isso qualquer medíocre faz), mas é trazer uma solução para o caos; é fazer algo ao invés de apenas falar.
“Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.” (Provérbios 22:13)
“Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas.” (Provérbios 26:13)
Quantas desculpas nós damos para não fazer o que deve ser feito? As desculpas geralmente são dadas em primeiro lugar para nós mesmos. “Leão na rua” é papo de preguiçoso; não há desculpa para não fazer o que é preciso. No meio profissional, principalmente, essa situação é muito forte e recorrente.
Lembro-me da história do vendedor de sapatos:
“Era uma vez uma indústria de calçados que desenvolveu um projeto de exportação de sapatos para a Índia. Em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Depois de alguns dias de pesquisa, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da empresa: “Chefe, cancele a produção, pois aqui ninguém usa sapatos”. Sem saber desse fax, o segundo consultor mandou à direção da empresa a seguinte observação: “Chefe, triplique a produção, pois aqui ninguém usa sapatos”.
Essa história mostra que quem tem desculpas para não trabalhar já está derrotado. Para vencer é preciso criar o que não existe, fazer o que ninguém faz. Se a caça já é nossa, se já colocamos a mão no prato, então precisamos consolidar, concluir o trabalho.
Continua no próximo post: O pecado da preguiça – parte final
No amor do Senhor Jesus,
Sérgio Franco ><>
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