Por uma vida livre do tédio

1 de outubro de 201216 de janeiro de 2017 Conexão Eclésia

Quero começar este texto falando sobre a facilidade que temos hoje em sentir tédio ao realizarmos determinadas atividades, ou mesmo ao não realizá-las. De onde vem esse sentimento que em certos momentos nos invade? Vamos pensar que, na maioria das vezes, o motivo é não estarmos nos sentindo úteis para alguém ou para algum propósito. Nossa geração tem tantos afazeres que, no pouco tempo em que para, não encontra sentido na própria vida. Mas, para falar disso, certamente, precisamos avaliar a vida de Jesus que é a inspiração de todo aquele que crê. Por isso, sempre busco olhar para Ele à procura dos momentos em que Ele demonstra algum sentimento, reação ou pensamento que normalmente tenho. Assim, posso ter um norte para me basear, influenciar minhas escolhas e decisões diárias.

Quando procuramos este tema, o tédio, percebemos que Jesus não o experimentava. E, podemos nos perguntar o que fazia Jesus se sentir constantemente contente, satisfeito com a vida que levava. É que todas as pessoas que o encontravam viam exatamente quem Ele era. Que havia nele algo diferente. Penso que parte dessa diferença não tem a ver com uma demonstração de poder por parte de Jesus. Não o poder sobrenatural que normalmente imaginamos. Mas um poder diferente. Jesus manifestava aos homens exatamente quem Ele era. Nem aquém, nem além, Ele é o Eu sou. Ele, como diz a Escritura, é luz (Jo 1.4). Ele manifestava quem era de forma precisa, sem querer ora parecer uma coisa, ora outra. Ele sabia quem era (Jo 13.30), e essa certeza era tão grande que se transmitia de forma natural a todos os homens, o que o fazia adorável.

Jesus tinha uma clareza muito grande de seu propósito, além disso, uma convicção de que deveria obedecer ao Pai. E isso o agradava tanto! Começamos a ver então a fonte dessa plenitude que Jesus vivia, e que nos dá a direção de como devemos viver. Não importa onde estamos, se foi o lugar pra onde o Espírito Santo nos levou e disso temos certeza, podemos nos alegrar no propósito de Deus e nos fortalecer nele todos os dias. O problema começa a existir quando, não fazemos tudo para a glória de Deus. É isso que nos mantém distantes em meio a muitas pessoas, e tristes em meio a situações aparentemente boas. Quando mantivermos como nosso alvo agradar a Deus e nos realizar nisso, aí sim, sempre seremos completos. Independente da situação, independente de produzirmos muito ou pouco aos olhos dos homens. Se tivemos algum tipo de benefício ou não, isso não será mais o nosso Norte. Mas, sim sabermos que estamos no centro da vontade de Deus.

Ana Carolina de Assis Brum Pires

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