Reflexões

Tão crente quanto um demônio

Em certa ocasião, Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” (Mt. 16:13). As respostas foram diversas: “uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas”( Mt. 16:14). De fato, poucos sabiam quem era Jesus. Só por meio de uma revelação alguém poderia dizer como Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt. 16:16).

Mas, sugiro a você que pense na seguinte situação: Qual seria a resposta se Jesus, ao invés de direcionar sua pergunta aos homens, a fizesse aos demônios? Como responderiam a pergunta: “Quem dizem os demônios ser o Filho do homem?”

Ao olharmos para as Escrituras, veremos que os demônios nem mesmo precisariam ser perguntados, pois eles têm clareza sobre quem é Jesus. Certa vez, na cidade de Gadara, um homem possuído por uma legião de demônios foi até Jesus, se prostrou, e sem que ninguém perguntasse nada, os demônios começaram a falar: “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes” (Lc. 8:28). Aqueles demônios tinham certeza de quem era Jesus, e não tinham as dúvidas que permeavam os corações dos homens. Em outras palavras, aqueles espíritos imundos tinham mais fé do que muitos homens.

Os demônios creem. Essa afirmação não deveria nos surpreender. Afinal, Tiago já nos disse: “Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem — e tremem!¨ (Tg. 2:19)

Mas, apesar de crerem, sabemos que a fé dos demônios não pode salvá-los. E, segundo Tiago, o que difere a fé de um demônio da fé salvadora são as obras. A fé salvadora produz obras, resulta em obediência a Deus. Ela não consiste na simples admissão de fatos bíblicos como verdadeiros, mas sim numa confiança em Deus que deságua na obediência. Ou seja, sem obediência a Deus, uma pessoa pode até crer nas doutrinas certas, mas ainda é tão crente quanto um demônio.

A fé sem obras é morta, e nada pode fazer por aqueles que se fundamentam nela. Por isso, precisamos a cada dia crescer na confiança em Deus, e expressar isso por meio da obediência. Sempre vale a pena obedecer ao Senhor e entregar nossas vidas aos cuidados do Deus de Amor. Certamente essa é a melhor decisão que se pode tomar, e a única que dá sentido às nossas vidas.

Em Cristo,

Anderson Paz

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