Um caminho seguro para o inferno
Sobre tudo o que deve guardar, devemos guardar o nosso coração (Pv. 4:23). Contudo, muitos de nós estão mais preocupados em guardar a própria imagem do que o seu coração. Trabalham para deixar a imagem impecável diante dos homens, mas deixam o coração em ruínas e a consciência ferida por causa do pecado dissimulado. Por não terem cuidado com o coração, se tornam sepulcros caiados, bonitos por fora, mas por dentro estão cheios de ossos e de todo tipo de imundície (Mt. 23:27). A dissimulação pode ser um abrigo seguro para a imagem, mas destrói o coração.
Acerca disso, John Owen escreveu: “Quando um indivíduo, por alguns aspectos externos, deixa de lado a prática de algum pecado, as pessoas talvez o considerem transformado. Deus sabe que ele acrescentou à sua iniquidade anterior a hipocrisia maldita e que entrou num caminho mais certo para o inferno do que aquele que antes trilhava. Conseguiu um coração diferente do que tinha, mais astuto, mas não um coração novo, mais santo” 1.
A perdição é a única garantia dada pela hipocrisia. Ela é um caminho seguro para o inferno. Mas, o caminho realmente seguro para a Vida é o caminho da luz, da verdade, da transparência. É por isso que João no diz: “Se, porém, andamos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (I Jo. 1:7). E Tiago nos ensina: “confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados” (Tg. 5:16).
Em Cristo,
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1 John Owen. A mortificação do pecado. Editora Vida, p. 71
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