Reflexões

O joelho vacilante

Gostaria de escrever sobre uma recente experiência que vivi e que creio ainda estar vivendo. Há alguns meses comecei a sentir fortes dores no joelho esquerdo, a ponto de não conseguir andar com naturalidade e parar de praticar qualquer atividade física. O diagnóstico foi rápido: uma distensão (não sei se esse é o termo médico correto) nos tendões era a responsável pelo meu joelho vacilante.

A partir desse dia, recebi uma série de recomendações que me impediam de fazer algumas coisas normais como subir e descer escadas e comecei uma fisioterapia. Após um mês e meio de fisioterapia, meu corpo estava começando a se recuperar, eu já conseguia andar curtas distâncias sem dor. Mas ainda não estava recuperada. Foram necessários alguns meses de reabilitação para que eu começasse a me sentir segura novamente para voltar às minhas atividades normais.

O interessante desses meses de recuperação é que eles aconteceram em um período em que, espiritualmente, eu estava passando por muitas transformações. Foi uma época em que uma série de coisas foram trazidas à luz e que eu precisei me posicionar com mais firmeza em relação a minha fé, ao chamado que Deus tem pra mim e permitir que Ele me usasse como instrumento para o que ele planejou.

E quando enfim essas barreiras espirituais começaram a cair, vencidas pela misericórdia de Deus, meu joelho começou a melhorar muito mais. Passei a conseguir correr, pular e voltar a fazer algumas atividades que há muito não podia. Claro, que sozinha eu não poderia ter feito essa relação automática que você já deve estar fazendo. Foi um amigo, que numa conversa sobre como estava a minha recuperação disse a seguinte frase: “Você já parou pra pensar que esse seu problema no joelho pode ter alguma relação espitirual?”. E nesse momento tudo clareou, e as pontas se conectaram e foi automático montar esse texto até esse ponto.

Mas é claro, a história não poderia terminar assim, sem uma nova ida ao médico e um diagnóstico definitivo de melhora. Isto não aconteceu. Quando cheguei no médico no dia seguinte, ele me disse que eu estava mais ou menos 80% recuperada, que precisava voltar para a fisioterapia, para ficar plenamente curada e fortalecer o meu joelho.

Nesse momento, Deus veio e falou de novo, de uma maneira muito mais clara e firme sobre a importância de fortalecer a fé e o posicionamento construídos nos últimos meses com o amor e misericórdia d’Ele. Assim, o período de fortalecimento começou, mas os exercícios começaram a ficar puxados, os dias corridos e o tempo escasso. E aos poucos, fui deixando de lado atividades físicas indicadas pelo médico e também diminuindo meu tempo com Deus.

E depois de tanto mover do Espírito Santo falando nessa situação, foi certeira a forma de Ele me lembrar que é tempo de fortalecer o que me foi concedido nesse tempo: eis que uma grande amiga postou o seguinte versículo: “Fortaleçam as mãos enfraquecidas e os joelhos vacilantes. Façam caminhos retos para os seus pés, para que o manco não se desvie, antes, seja curado.” Hb 12:12.

Quando li, não acreditei. Deus parecia ter desenhado cada letra, vírgula, acento com sua própria caligrafia. Não sei como ainda me impressiono com essas situações, mas a perfeição de Deus é tanta que não pude deixar de registrar o quanto eu dependo do Pai para tudo, sem Ele meu joelho vacila e minha mão enfraquece. Como fico fraca quando distante dEle e que somente com o alvo bem definido, Jesus, meus caminhos serão retos, sem desvios, rumo à cura.

E além desse importante ensino, ainda fiquei cheia de gratidão a Deus pelos amigos/irmãos que Ele me deu, com quem tenho hoje a oportunidade de compartilhar vida e ser impactada pelo instrumento que eles são da vontade de Deus.

Tita Pereira

Conexão Eclésia
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