Ensino

Deus não rejeita as pessoas

A Igreja Unida de Cristo (UCC – United Church of Christ) é uma denominação norte-americana que surgiu em 1957 com a fusão entre duas denominações históricas: as Igrejas Cristãs Congregacionais e a Igreja Reformada e Evangélica. Estas denominações, por sua vez, também resultavam de fusões anteriores. A UCC tem cerca de 5.300 congregações locais e 1,1 milhões de membros.

Desde suas origens, a UCC tem sido marcada por uma forte presença do liberalismo teológico, sendo uma das denominações mais liberais dos EUA. Já em 1971, a UCC ordenava seu primeiro pastor abertamente homossexual, e em 2005 aprovou a realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo, o que fica a critério de cada congregação local.

Há algum tempo, assisti o vídeo abaixo, que faz parte de uma campanha publicitária da UCC. O vídeo mostra um templo do qual algumas pessoas são ejetadas por serem vítimas de preconceito. Logo em seguida, aparece a afirmação “Deus não rejeita as pessoas. E nem nós”.

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Deus não faz acepção de pessoas. Não faz distinções de cor, raça, gênero ou orientação sexual. Para toda e qualquer pessoa, a mensagem do Evangelho é sempre a mesma: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam” (At. 17:30).

O Evangelho nos chama ao arrependimento. Essa era a mensagem de João Batista: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt. 3:2). Essa era a mensagem de Jesus após sair de sua tentação: “Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt. 4:17) . Antes de subir aos céus, Jesus ordenou aos seus discípulos que em Seu nome pregassem o arrependimento para a remissão de pecados a todas as nações (Lc. 24:47). E em obediência ao Seu Senhor, Pedro, discursando no dia de Pentecostes, declarou: “Arrependei-vos” (At. 2:38). Paulo, tal como João Batista, alertava a todos sobre a necessidade de viver de forma que expresse o arrependimento: “anunciei primeiramente aos de Damasco e em Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras dignas de arrependimento” (At. 26:20; Mt. 3:8). Afinal, Deus não rejeita um espírito quebrantado, um coração contrito.

Está mais do que claro que o chamado de Jesus não foi ao justos, mas aos pecadores. Contudo, essa afirmação é incompleta se não for dito à que os pecadores são chamados. Como Jesus mesmo disse: “Não vim chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc. 2:32). À mulher adúltera, Ele não apenas disse que não a condenava, mas acrescentou: “vai e não peques mais” (Jo. 8:11). Ao paralítico de Betesda, Ele declarou: “não peques mais, para que não te suceda coisa pior” (Jo. 5:14).

Omitir a necessidade de arrependimento é descaracterizar a mensagem de Jesus. Não chamar pessoas ao arrependimento é pregar outro evangelho. Dizer apenas que Deus não rejeita as pessoas é pregar uma verdade incompleta, enganando os ouvintes. Jesus sempre deixou claras as condições para seguí-lo. Ele não pode ser acusado de fazer propaganda enganosa.

Ninguém pode ser impedido de entrar num templo, contudo, acerca da entrada no Reino de Deus, foi o próprio Jesus quem declarou: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mt. 7:21). Portanto, estejamos prontos para o dia em que estaremos diante de Jesus, para que não venhamos ouvir dEle: “nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade” (Mt. 7:23).

Em Cristo,

Anderson Paz
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