Aprendendo com uma criança sobre oração

27 de abril de 2016 Conexão Eclésia

Recentemente vivi uma experiência muito interessante com meu filho. Heitor tem quase 3 anos, é uma criança muito ativa e cheia de energia. Tudo vira bateria na sua mão: Talheres, potinhos de plástico, panelas. É uma “barulheira” só. Heitor vivia pedindo uma bateria e eu nem pensava em comprar uma. Ok, me julguem. Os batuques do Heitor me deixam quase louca. Ainda assim, comecei a estimula-lo a pedir a bateria pra pessoa certa: Jesus.

– “Jesus, me dá uma bateria”, volta e meia ele pedia sempre que lembrava.

Um dia desses, perdeu a esperança.

– “mamãe, Jesus não quer me dar uma bateria”, disse o incrédulo menininho.

– “por que filho? Esta demorando?”

Ele balançou a cabeça em tom afirmativo. E prontamente eu disse a ele que não desistisse e continuasse pedindo. Assim, ele continuou a orar. Foram meses pedindo pra Jesus dar uma bateria a ele. E com apenas três anos, meu filho experimentou uma das coisas mais prazerosas da vida: ter uma oração respondida.

A amiga de uma amiga minha doou a bateria infantil que era do seu filho. Convenhamos que não é todo dia que alguém está doando uma bateria. Bom, pelo menos eu nunca conheci alguém. Foi assim que Deus moveu tudo para que a bateria chegasse nas mãos do Heitor. Que experiência maravilhosa vivemos. Que alegria ver meu filho recebendo um presente de Deus. Fizemos uma “cerimônia” de entrega da bateria. Colocamos na sala a bendita e chamamos o Heitor. Achei que ele iria fazer a maior festa, vibrar, correr para tocar a tão sonhada bateria. Nos surpreendemos. Quando ele a viu, veio tranquilamente e falou:

– ah, a minha bateria!”.

Como se já soubesse que um dia ela viria, era questão de tempo, Heitor não se mostrou surpreso. Quem se surpreendeu mesmo com a reação fomos nós, que filmamos tudo achando que ele faria a maior festa! Perguntado sobre quem deu a bateria a ele, afirmou:

– “foi o Jesus”.

Que lição incrível! Na maior simplicidade e acreditando que pedir era a única coisa que precisava fazer, Heitor foi abençoado por Deus. No meio do caminho, quis desistir. Achou que estava demorando muito pra chegar seu presente. Mas estimulado a continuar, perseverou. Acredito que Deus se alegrou em ver a simplicidade e a perseverança da criança. Interessante foi ver que ele não duvidou, tanto que não se surpreendeu quando viu sua bateria.

Confira também: O que é “se tornar como criança”?

O pai quer saber as nossas necessidades. Por mais bobo que pareça nosso pedido, Deus se alegra em responder. A historia do Heitor falou muito ao meu coração, principalmente sobre a simplicidade. Ele não fez uma oração rebuscada, cheia de palavras bonitas. Também não ficou horas orando, mas toda vez que o desejo de ter uma bateria vinha, ele pedia. Heitor apenas creu. Mesmo quando o desânimo quis fazê-lo desistir. Quero sempre me lembrar desta experiência, afinal, qual o pai que o filho pedindo pão, dará uma pedra?