O coração de quem luta pelo eterno
Dentre tantas comparações que a Bíblia usa para falar de nós, encontramos a de sermos soldados alistados no exército de Cristo (II Tm 2.3,4). Aplicando um pouco da visão de C. S. Lewis sobre o tema, no filme baseado em sua obra “As crônicas de Nárnia”, gostaria de ressaltar alguns pontos importantes para que nós, como soldados, vivamos em nossa vida de fé.
Seja apenas como alistados ou já em meio à batalhas, é certo que um soldado precisa estar sempre disposto a se desgastar. Seu trabalho é lutar, seja na defesa ou no ataque. Por isso, a preguiça não pode ser uma opção na vida. O soldado precisa ter uma disposição enorme em seu interior de combater ao inimigo, tendo clareza do porquê e por quem está lutando, ainda que precise lutar até a morte. Para que isso aconteça, ter disciplina é fundamental, deve ser um verdadeiro estilo de vida. A preguiça será a principal inimiga que o impedirá de perseverar e se disciplinar dificultando a preparação para atingir seu objetivo.
Aquele que se alista certamente não poderá viver de forma a realizar as tarefas no seu próprio tempo ou da sua forma. Ele precisa obedecer aos comandos a fim de que não atrapalhe a tropa em meio à batalha. Se não aprende a obedecer e a agir no “time” correto, tudo pode ser posto a perder. E para quem acha que obedecer é algo fácil, que se trata apenas de, como uma espécie de robô, fazer o que lhe é dito, posso lhe garantir que obediência é algo profundo e que deve ser aprendido. Assim como nosso comandante, devemos aprendê-la em meio a nossos sofrimentos (Hb 5.8), dificuldades e acontecimentos da vida.
Outra característica bastante importante em um soldado é a disposição em ser ferido. Ele precisa saber que em meio a confrontos e guerras, essa será uma questão quase que inevitável. Mas, ao saber a causa da sua luta, o medo de ferir-se e até mesmo de morrer se tornará pequeno. Ao combatermos nossa própria carne e pecado, com certeza seremos feridos ao obedecermos às palavras de Jesus. Negar a nós mesmos é uma luta diária. Somos nós os que daremos a face, somos nós os que serão injuriados e odiados. É certo que por vezes seremos feridos, inclusive pelos nossos. Por isso, precisa existir em nós a disposição de sermos os esquecidos, os odiados, os que não desejarão os melhores lugares para preferirmos em honra uns aos outros.
O melhor de toda esta guerra e dificuldades é saber que quem nos aponta este padrão nos serviu de referência nele. E, ainda continua conosco, nos capacitando e nos ensinando a lutar pondo os olhos não no que se vê, porque o que se vê é temporário, mas no que de eterno temos a receber.
Ana Carolina de Assis Brum PiresTwitter: @AnaCBrum
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