Não podemos nos confundir sobre o que é amar a Cristo…
Quando vejo cristãos buscando fazer justiça em relação às ofensas feitas à pessoa de Jesus, surgem em meu coração algumas reflexões. Primeiramente, compreendo que esse cristão mostra que valoriza o fato de ser crente, e que também acredita que está demonstrando seu amor a Jesus ao combater às ofensas com argumentos, comentários e atitudes. Contudo, mesmo que esteja bem intencionado, este cristão não revela o caráter de Jesus com tal postura.
Me preocupo bastante com isso, pois essa postura não está em conformidade com o ensino e o estilo de vida do Mestre. Mas está fundamentada em uma mistura de sentimentos bons e ruins. Por um lado, revela gratidão a Cristo, e por outro demonstra partidarismo e ofensa, atitudes comuns a muitas pessoas quando defendem determinada bandeira.
Vi a imagem acima no Facebook , e ela me inspirou a escrever este texto. Até o momento em que eu estava escrevendo estas linhas 10.894 pessoas haviam curtido esta imagem e 48.561 haviam compartilhado. Acredito que todas estas são pessoas sinceras, mas que carecem de entendimento bíblico e fé para verdadeiramente combater o bom combate de Cristo.
Jesus nos diz: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama…” (Jo. 14:21). Esta declaração revela claramente que a forma de demonstrarmos amor a Jesus é praticando seus mandamentos, pois ninguém guarda sem praticar. Guardar não é decorar ou memorizar, mas é viver.
Defender Jesus das más línguas não significa demonstrar amor por Ele. O nosso Mestre jamais se defendeu de algo. No Getsêmani, quando Pedro tentou protegê-lo do sofrimento iminente cortando a orelha do soldado que iria prendê-lo, Jesus corrigiu a reação de Pedro e ainda curou o soldado ferido. No momento em que estava morrendo na cruz, ainda teve forças para interceder ao Pai pedindo que perdoasse todos os seus algozes, pois não sabiam o que estavam fazendo.
Que mais diremos? O que fazer com o mandamento de amar os inimigos? De bendizer os que nos maldizem? Poderia passar muito tempo aqui citando os ensinos do nosso Mestre dados em palavras e ações. Mas creio que estes são suficientes para nos mostrar que demonstrar amor a Ele é fazer Sua vontade. E essa vontade é que pratiquemos Seus mandamentos: que vivamos tal como Ele viveu e que tenhamos misericórdia daqueles que ainda não tiveram a gloriosa revelação que tivemos.
Cristo em nós, a esperança da glória.
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