Porta estreita, caminho de vida
Quem nunca ouviu a expressão “a porta é estreita” fazendo referência ao caminho da vida e da salvação? Com ela, fica entendido que uma vida que agrade a nosso Senhor não é lá algo muito fácil de se alcançar. Afinal, algo estreito não traduz para nós facilidades, mas dificuldades. E de fato é assim. Viver a vida de Jesus certamente não é viver a vida de forma folgada e espaçosa. O próprio Jesus não vivia assim, vivia apenas como o Pai lhe direcionava.
Em várias bem-aventuranças proferidas por Jesus, encontramos os valores do Reino, como o choro pela causa certa, a misericórdia, a perseguição por causa dEle, a mansidão, o sofrimento por causa da justiça. Todos eles, valores difíceis de se viver, situações difíceis de se passar. Na verdade, tão difíceis, que Jesus chega a dizer que poucos ENCONTRAM a porta (Mt. 7.14). O Reino de Deus para muitos pode ser tão escandaloso, tão diferente, ou tão simples, devido aos seus padrões elevados, que muitos, nem sequer o enxergam, ou percebem. Passam despercebidos, achando ser ele qualquer outra coisa, e não o Reino de Deus.
Mas, quando vemos no mesmo texto, palavras proferidas pouco antes pelo próprio Jesus, podemos descansar (Mt. 7:7). Talvez se o texto falasse apenas das dificuldades do caminho, poderíamos ser tentados até mesmo a desistir mediante tamanhos desafios. Mas, através de suas palavras, Jesus nos dá a chave para vivermos esse caminho, que é árduo. Ele diz:
“Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?” (Mt. 7:7-11)
Com essas palavras, Jesus nos dá a chave para vivermos nossa vida diária. Precisamos pedir ao Pai. Pedir a mansidão necessária, podemos pedir a sabedoria, que nunca nos será negada (Tg 1.5), a graça para enfrentarmos as injustiças. Porque foi assim que Jesus viveu nesta Terra. Em total dependência e humildade diante do Pai. Que possamos não nos esquecer que, apesar de todas as dificuldades do caminho, temos a quem pedir, a quem clamar, não estamos mais órfãos, vivendo uma vida impossível de ser vivida. Mas, recebemos o Espírito de adoção, pelo qual podemos clamar como Jesus: Aba!
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