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Problemas ou oportunidades?

No período em que os Juízes governaram Israel, os israelitas viviam dentro de um ciclo: Numa corrupção crescente, se esqueciam totalmente da Lei de Moisés, se voltavam para outros deuses, começavam a adorar imagens de escultura, entre outras coisas. Como conseqüência experimentavam todo tipo de problema, em especial derrotas para os inimigos e escravidão. Diante deste quadro o ciclo seguia com dor, choro e arrependimento. Então, Deus levantava um líder que, arrependido, se voltava para Ele e convocava o povo a fazer o mesmo, o povo abandonava os ídolos, se convertia ao Deus Vivo e este novamente os abençoava com vitória sobre os inimigos, paz, liberdade até o momento da morte deste líder. Pois a partir de então, o ciclo recomeçava. Isto sucedeu por muito tempo com Israel.

Ora, este povo foi marcado ao longo da história por milagres. Seus antepassados viram Deus abrir o mar e parar o curso de um rio para que eles atravessassem, viu chover milhares de pães todos os dias para os alimentar , foi aquecido por uma coluna de fogo todas as noites e abrigado por uma nuvem todos os dias no deserto, entre outras coisas mais, e isto durante quarenta anos!

Fica uma pergunta: O que levava um povo que experimentou tudo isso em sua história a viver de maneira tão corrupta a ponto de Deus deixá-los serem feitos escravos por outros povos, com o intuito de gerar neles arrependimento?

Antes de responder, pense comigo. Hoje o Israel de Deus é a Igreja. Quem é cristão com toda certeza testemunhou em sua vida e na de outros cristãos muitos milagres. Viu um mar de problemas se abrir, viu o curso de situações impossíveis parar, viu suprimento chegar quase que literalmente caindo do céu, foi abrigado quando sentia sua alma no relento, foi aquecido quando o coração já estava duro e frio como gelo, entre muitas outras coisas no deserto da vida. Pensou? Agora a pergunta a ser respondida cabe também numa analise pessoal, não é? O que justifica a corrupção, pecados, no meio da igreja? Resposta: A independência.

A maioria dos problemas em sua essência são decorrentes do quanto estamos longe de Deus. Este afastamento é gerado pela natureza independente, orgulhosa, egocêntrica e rebelde que temos. Antes de nos afastarmos de Deus na prática, nos afastamos no coração e na mente, nos acostumamos com suas bençãos de tal forma que parece que somos nós as conseguimos por mérito próprio ou que elas são uma obra do acaso, e nos achamos capazes de viver sozinhos. Também é fato que enfrentamos problemas destinados apenas a provar a nossa fé e aperfeiçoar mais a comunhão com Deus, e geralmente, quando é assim, o problema não é visto como tal pela pessoa em questão, é visto como oportunidade, pois seu relacionamento está em dia com o Pai.

Enfim, com ou sem problemas, quem está em Cristo não está em crise, o deserto é um lugar passageiro, pois o próprio deserto é transformado por aquele que é íntimo, dependente e obediente a Deus. “Bem aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial (fonte); de bençãos o cobre a primeira chuva” (Sl. 84:5,6).

Não perca tempo, ele nos espera hoje. “Cada dia é um novo tempo e oportunidade de voltar pra Deus”.*

Em Cristo,

@Cristiano_brum

Soli Deo Gloria

*Citação de uma canção de Gerson Borges – @gersonborges

Servo Livre
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