Reflexão sobre as eleições
Por Jamê Nobre
Amados irmãos,
Não temos prática de desenvolver campanhas políticas no âmbito da comunidade, porque respeitamos a liberdade individual e não queremos abrir possibilidade para que o debate produza rusgas em relacionamentos.
Por outro lado, temos uma visão de política muito deturpada pelo fisiologismo (interesses pessoais superando os coletivos, para não falar em corrupção) e pelo personalismo (pessoas recebem voto pelo que são ou significam, sem qualquer ligação com programas partidários e/ou ideologias – pelo que se vota em artista de novela, jogador de futebol, palhaço, animal do zoológico etc.).
Quando de sua visita, o papa Francisco, ao ser questionado sobre política, disse considerá-la uma das mas altas expressões cristãs, porque (assim deveria ser) considera a busca do interesse comum, a despeito dos pessoais.
Há uma frase famosa de que pior que a ação dos maus é a omissão dos bons.
Assim, tenho participado de uma discussão, por e-mail, com diversos homens que reputo serem sérios e dedicados a Deus, para tratar do que fazer diante do cenário político atual.
Não quero apontar candidato, nem vou revelar o meu voto, mas entendo que preciso deixar algumas diretrizes para reflexão e oração, de modo que o seu voto não seja por impulso ou por aparência, mas fruto de uma convicção regada pela presença do Espírito Santo.
1) Não se deixe levar por aparecimentos em cenários religiosos nem por frases concebidas para agradar os ouvintes, mas que não expressam o pensamento do candidato. Olhe a sua carreira (temos muitos recursos hoje).
2) Não encare tudo o que você vê (na Internet, principalmente – como verdade inquestionável. Verifique, compare, cruze fontes de informação.
3) Se você crê em Jesus Cristo e na bíblia como palavra de Deus, não dê seu voto a candidato (ou coligação partidária – tome muito cuidado com isso, porque no Brasil, as coligações podem fazer com que o seu voto seja direcionado para candidatos e partidos completamente diferentes do que você registrou na urna) tenha em sua plataforma posições completamente hostis aos valores cristãos; por exemplo: ensino de sexualidade no ensino fundamental, preconceito contra religiões, apologia à homossexualidade (não sou contra uma legislação que proteja minorias – cada um vive como quer, mas fazer da exceção um valor absoluto é muito diferente), aborto indiscriminado, apoio a regimes ditatoriais e que violam os direitos humanos, hostilidade a Israel etc.
- Confira também: O que espero de um cristão na política?
Deus lhe conceda graça e direção para que você possa participar da melhor forma possível.
Últimos comentários:
1) Não deixe de votar (se todas as pessoas sérias se ausentarem, os maus prevalecerão livremente), nem vote nulo ou em branco. Escolha alguém que lhe pareça o “menos ruim” ou vote numa legenda (cuidado com as coligações!) que tenha um discurso “menos afastado” de seus valores.
2) Não se trata de querer consertar o mundo, mas de juntamente com a prática de orar pelos governantes, para que o povo não seja por demais sofrido, escolher com critério aqueles que serão os próximos governantes.
Jamê Nobre Extraído do site Servindo com a Palavra- Poligamia na Bíblia e o casamento hoje - 25 de fevereiro de 2019
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