Reflexões

As torres serão abaladas

Deus está, vez ou outra, derrubando torres como fez em Babel. Ali naquele episódio (Gênesis 11), ficou claro que a pretensão humana de fazer seu próprio nome célebre, é abominável para Aquele que pode, com apenas um vírus, dispersar toda a humanidade, deixando claro quem realmente está na direção do cosmos.

A fragilidade do cosmos

Nesse cosmos se inclui a direção das nossas vidas, a natureza, os governos, os governantes, o conhecimento, a riqueza, as hostes celestiais. Por isso, todo o nosso planejamento e intenções , necessitam estar humildemente sujeitos ao governo dos céus. Não é boa a nossa pretensão e vanglória. (Tiago 4.15-16)

Observe como as torres humanas erguidas ao longo das eras, são abalados de vez em quando. Torres da ciência, da filosofia, da religião, do mercado financeiro, da política, dos grandes poderosos, dos nossos pequenos planos pretenciosos costumam desabar diante de nossos olhos.

Isso foi determinado nas escrituras para que acontecesse:

“Mais uma vez, farei tremer não só a terra, mas também os céus”. Isso significa que toda a criação será abalada e removida, de modo que permaneçam apenas as coisas inabaláveis. Uma vez que recebemos um reino inabalável, sejamos gratos e agrademos a Deus adorando-o com reverência e santo temor” (Hebreus 12.26-28)

O caráter vão de nossos planos

Nosso otimismo quanto à uma vida mais confortável e duradoura nesse mundo é de vez em quando abalado por Deus. É abalado por amor! Porque amor? Por que é recorrente que na história o otimismo humano substitua o temor a Deus. Temos essa tendência natural de trocar o conhecimento de Deus e o temor a Ele por coisas inúteis ou parcialmente úteis.

“Uma vez que consideraram que conhecer a Deus era algo inútil, o próprio Deus os entregou a um inútil modo de pensar, deixando que fizessem coisas que jamais deveriam ser feitas. A vida deles se encheu de toda espécie de perversidade, pecado, ganância, ódio, inveja, homicídio, discórdia, engano, malícia e fofocas” (Romanos 1.28-29)

Esse último texto mostra a consequência trágica de uma vida sem temor a Deus em que desprezamos seu conhecimento. Por isso, para nos poupar, Ele se encarrega de destruir as nossas torres que nos enchem de falsa esperança e realizações presunçosas. É válido lembrar:

“Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição” (Provérbios 1.32)

Não se entristeça por que os planos mudaram ou pela possibilidade de perdermos poder econômico. Entristeça-se pela falta de capacidade de nos arrependermos e nos voltarmos genuinamente para Ele. Quem sabe, pela Sua bondade, nos conduza ao verdadeiro e lucrativo arrependimento.

“Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?” (Romanos 2.4)

Ideraldo de Assis
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