Reflexões

O perigo de negligenciar a graça de Deus

Apesar de a igreja ser “a menina dos olhos de Deus”, ela não está imune ao pecado. E o mais perigoso de todos os erros da igreja é não saber lidar com a graça de Deus.

Descobrimos pelas Escrituras que:

A graça é melhor do que a vida“Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam” (Salmo 63:3).

Pela graça fomos salvos“…e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos” (Efésios 2:5).

Pela graça fomos comprados da nossa escravidão, resgatados do cativeiro e livres do pecado“…para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1:6,7).

Pela graça fomos justificados “…sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24).

A graça é suficiente“Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (II Coríntios 12:9).

Sendo a graça de Deus tudo isso, a igreja não deve lidar com a “falsa graça”, deixá-la que se torne “vã” ou negligenciá-la. Descobrimos que existe uma falsa graça quando lemos sobre a genuína graça de Deus. Pelo que observamos, a falsa graça já era presente desde os dias apostólicos:

“Por meio de Silvano, que para vós outros é fiel irmão, como também o considero, vos escrevo resumidamente, exortando e testificando, de novo, que esta é a genuína graça de Deus; nela estai firmes” (I Pedro 5:12).

A verdadeira graça exige uma resposta adequada para não se tornar vã. A graça de Deus nos faz o que somos e o que produzimos. A resposta adequada não permite que ela seja vã. A graça de Deus promove o que somos e o que fazemos.

“Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo” (I Coríntios 15:10).

Ela é recebida para ser operante em nós. Portanto, é muito importante a forma como a recebemos.

“E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus (porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação); não dando nós nenhum motivo de escândalo em coisa alguma, para que o ministério não seja censurado” (II Coríntios 6:1-3).

Nós devemos ser “cúmplices” da graça, pois ela nos educa para a vida quando a recebemos e renegamos a impiedade e as paixões mundanas. Logo, é necessário que respondamos adequadamente à manifestação dela sobre nós.

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tito 2:11,12).

A nossa resposta à graça se dá quando renegamos a impiedade e as paixões mundanas e quando obedecemos os mandamentos do Senhor. O desenvolvimento da nossa salvação exige temor e tremor e, mesmo quando Deus opera em nós o querer e o realizar, segundo a Sua graça, nós devemos fazer tudo sem murmurações e contenda.

Ou seja, a graça exige de nós uma contrapartida para que nos tornemos irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus sem culpa no meio desta geração pervertida e corrupta. Entretanto, a nossa luz não é automática. Ela resplandece quando fazemos tudo para a glória de Deus, sem murmurar ou contender.

“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Filipenses 2:12-15).

“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo; pois aquele que faz injustiça receberá em troco a injustiça feita; e nisto não há acepção de pessoas” (Colossenses 3:23-25).

Duas perguntas feitas na carta aos Hebreus deveriam nos fazer refletir sobre o perigo de negligenciarmos a graça de Deus. Estas duas perguntas nos confrontam em duas situações: quando rejeitamos a graça e quando escolhemos, depois de conhecermos a verdade, viver voluntariamente no pecado. Essas ações contra a graça nos trazem o juízo de Deus.

“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos. Se, pois, se tornou firme a palavra falada por meio de anjos, e toda transgressão ou desobediência recebeu justo castigo, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade” (Hebreus 2:1-4).

“Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hebreus 10:26-31).

Extraído e adaptado do livro O Fundamento de Deus.

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