Eis-me aqui. Pra quê?
Quando Isaías teve a experiência de contemplar ao Senhor, assentado em Seu alto e sublime trono (Isaías 6:1-8), vemos que ele teve convicção de duas grandes realidades: a primeira foi sua condição de pecador e a segunda, foi a de que ele deveria viver para servir Àquele diante de quem estava.
Nenhum encontro com Deus pode gerar algo diferente disso: a certeza de que somos totalmente necessitados d’Ele, de que somente Ele pode nos libertar de nós mesmos, do egoísmo intrínseco ao nosso coração, das doenças e vícios da alma que nos levam a viver e lutar por nós mesmos, custe o que custar.
E a outra certeza que uma experiência verdadeira com Deus gera em nós é a de que precisamos viver para Ele. Se queremos nos relacionar com Deus e não estamos dispostos a ouvir seu chamado para nós, significa que ainda não nos libertamos do comando de nossas vidas.
Se a relação com Deus está baseada no “eis-me aqui, SIRVA-ME a mim” ainda não entendemos quem somos, quem Ele é, e o que espera de nós. Ao contemplar o Senhor, Isaías não teve outra reação a não ser se dispor para cumprir o chamado de Deus para ele. Ele não tinha outra declaração a fazer senão: “eis-me aqui, ENVIA-ME a mim”.
Nenhum de nós será pleno enquanto não entender que toda a nossa realização está em ser transformado e santificado por Ele, em nos doarmos totalmente para descobrir e cumprir cabalmente tudo que Ele planejou para as nossas vidas.
- Confira também: Para onde fugirei?
Ele deseja tocar em nossas vidas, assim como tocou o profeta Isaías e o purificou. Ele deseja nos curar, nos restaurar em todos os âmbitos de nossa existência. Sim, Ele deseja e pode fazer isso, mas com que propósito? Ele quer nos perguntar “a quem enviarei” e deseja que nossa resposta seja, em alto e bom tom: “Eis-me aqui, envia-me a mim”.
Em Cristo,
Cristiano Brum
- Eis-me aqui. Pra quê? - 6 de outubro de 2016
- Lutando até o sangue - 29 de setembro de 2016
- Agindo contra o Espírito Santo - 30 de maio de 2016