Reflexões

Enquanto isso, no planeta dos macacos…

Há pouco mais de 2 anos, enquanto aguardava no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro um voo para Santiago do Chile, conversava sobre aviões com um dos meus irmãos. Em meio a essa conversa, eu lhe falava sobre como é impressionante o fato de que nós, seres humanos, somos capazes de cruzar o continente através de aviões, enquanto que a espécie animal que estaria mais próxima de nós em grau evolutivo ainda está pulando de galho em galho. Às vezes me parece que perdemos a capacidade de admirar os feitos da raça humana, e perceber o imenso abismo que nos distingue das outras espécies.

Nós inventamos a roda. Começamos a utilizar animais como meio de locomoção. Inventamos a carroça, o automóvel, o trem-bala. Aprendemos a cruzar os mares e oceanos. Criamos o barco, o navio, o submarino. Aprendemos a cruzar o céu. Inventamos o helicóptero, o avião, o jato. Chegamos ao ponto de sair do planeta por meio de foguetes e ônibus espaciais. Enquanto isso, os macacos…

Assim que cheguei ao Chile, fiz uma ligação para minha família no Rio de Janeiro. Fico admirado com nossa capacidade de comunicação à distância. Criamos alfabetos, começamos a escrever cartas. Inventamos o telégrafo, o telefone, o aparelho celular, o rádio, a televisão, a internet. Enquanto isso, os macacos…

Ainda nas cavernas, começamos a fazer pinturas. Daí em diante, nossas habilidades nessa área se desenvolveram. Hoje algumas de nossas pinturas se encontram em museus e exposições de artes. Começamos a fazer esculturas, poesia, música, literatura, teatro, cinema. Enquanto isso, os macacos…

Nos dedicamos ao conhecimento. Estudamos o homem sob diferentes perspectivas (antropologia biológica e cultural), o corpo humano (anatomia, fisiologia etc..), a mente humana (psicologia), a sociedade humana (sociologia), o pensamento humano (filosofia). Desenvolvemos a medicina. Pesquisamos sobre a vida em geral (biologia). Estudamos os animais (zoologia) e as plantas (botânica). Desenvolvemos ciências como a física, a química, a matemática, a astronomia. Enquanto isso, os macacos…

Por mais que haja semelhança entre o homem e o macaco, a tal ponto que há quem suponha que ambas as espécies descendem de um antepassado em comum, o que me surpreende e me deixa fascinado é o fato que, apesar de tais semelhanças, há uma diferença abismal entre essas espécies.

De fato, o ser humano é singular e é certo que poderíamos falar muito mais sobre a capacidade humana. Contudo, tudo isso deveria nos fazer perceber que o homem não é admirável por si só, pois somos simples e reduzidos reflexos dAquele que disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” (Gn. 1:26). Portanto, ao contemplarmos a capacidade humana, deveríamos encher os nossos corações de admiração por Deus, nosso criador. E nossa busca de todos os dias deve ser sempre pela glória de Deus, “pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém” (Rm. 11:36).

Em Cristo,

Anderson Paz 
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