O que fazer com o pecado
O pecado gera muitas consequências em nossa vida. Sabemos que naquele que não crê, o pecado tem o poder de eliminar a paz, a alegria, uma consciência tranquila, e de escravizar aos prazeres e por fim até mesmo a destruir a própria vida. Mas nós, os que cremos em Jesus, muitas vezes nos esquecemos de como tratar o pecado em nossas vidas.
Já vi desespero com relação ao pecado. Vi também muita indiferença com relação a ele, como se o fato de sermos vitoriosos com a morte de Jesus nos desse a ‘liberdade’ de passarmos por cima do que tanto desagrada ao coração de Deus. Por isso, tive o desejo de escrever alguns pontos importantes sobre a forma como tratamos o pecado.
Além de darmos atenção a voz do Espírito, que nos mostra o pecado, devemos também reconhecer e ir a Deus em busca de perdão. Parece algo simples, mas nossa reação natural jamais será essa. Muitas vezes criamos discursos para nós mesmos de que tivemos um bom motivo para errarmos, o que nos impede de ir a Deus arrependidos, pedindo perdão. Então, muitas vezes esperamos alguém nos repreenda por nosso pecado, para realmente o tratarmos .
Tiago nos diz: “Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.
Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará”. (Tg. 4:9-10).
Precisamos nos humilhar diante dEle e pedirmos perdão profundamente. Essa verdade, em tempos como os nossos, de afago ao nosso próprio ego, parece nos ferir intensamente. Chorar, lamentar, nos purificar do pecado, certamente são palavras fora de moda. Vivemos um tempo em que quase precisamos nos prevenir para não chorar. Evitamos meditarmos em nós mesmos.
Ao fim do versículo vemos que depois da humilhação vem a exaltação. Mas, para essa exaltação, buscamos um sentido na filosofia deste século. Mas, quando procuramos o tipo de exaltação que Jesus teve, percebemos que ela não é necessariamente uma exaltação diante das pessoas. Nossa maior exaltação se dá quando o Pai, que nos vê em secreto, vê nosso amor e dedicação em obedecê-lO e nos recompensa com Sua presença, autoridade espiritual, alegria e paz em nosso interior. Mas, se não passarmos pela primeira parte do versículo jamais começaremos a levar a sério o pecado. Pois, este passo é apenas o início de todo um caminho contra este inimigo.
Depois de admitir nosso pecado, devemos ainda, prosseguir em reconhecê-lo. Há muitas situações que precisam de jejum, clamor a Deus por um bom tempo, até que aquilo morra em nós desde sua raiz. O próprio Jesus, sendo cheio do Espírito Santo, quando foi ao deserto para ser tentado, jejuou e esteve em comunhão com a Palavra. E infelizmente, nós queremos passar por tentações de todos os tipos em nosso dia a dia e não irmos a Deus pedindo seu socorro. Como venceremos se não o fizermos? Realmente queremos vencer o pecado em nós?
Jesus orou uma noite inteira para obedecer ao Pai e ouvi-lO mais uma vez sobre a necessidade de Sua morte. Pediu para que Pedro e os discípulos vigiassem com ele. Será que se Pedro tivesse vigiado durante aquela noite teria negado o Senhor? Talvez não. Mas, o nosso Jesus foi vitorioso e venceu a morte. Com certeza, isso só foi possível por causa de sua dependência do Pai e reconhecimento de quanto necessitava d’Ele.
Depois que passamos por esse clamor perseverante, é impossível não reconhecer quem somos diante das pessoas. O Espírito nos impulsiona a abrir nossas vidas, na luz diante do Corpo de Cristo. Como sermos humildes diante do Cabeça mas não diante do Seu corpo? Precisamos, como Tiago também nos diz, “confessar nossas culpas uns aos outros” (Tg 5.16).
Sei que é fácil criarmos atalhos para nossas vidas. Mas não há saída, vencer o pecado requer de nós que façamos guerra, uma postura vigilante. Não pense que não dá mais pra vencer sua carne. Não desista de lutar. Não esqueça que em Jesus somos guerreiros, mas também somos família e essa guerra, não venceremos sozinhos. O combate será até o fim de nossas vidas. Não podemos desfalecer. Há uma glória reservada para nós em Cristo Jesus. Não apenas no céu, mas já aqui na Terra. Que possamos escolher este caminho e, na luta contra o pecado, resistirmos até o sangue (Hb. 12:4). Sabendo que o Senhor está bem perto daquele que tem o coração quebrantado.
Ana Carolina de Assis Brum Pires Twitter: @AnaCBrum Facebook: https://www.facebook.com/carol.deassisbrum- Poligamia na Bíblia e o casamento hoje - 25 de fevereiro de 2019
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