Ele morreu? E daí?

5 de abril de 2012 Conexão Eclésia

Jesus morreu. Certamente não foi para que sua morte fosse lembrada na semana santa, ou para que houvesse crucifixos nos tribunais (o que tem muita gente querendo retirar). Tampouco foi para que fossem construídos monumentos em sua homenagem, como o “Cristo Redentor”. Ora, a razão pela qual Cristo entregou sua vida é infinitamente mais sublime do que nossa compreensão pode alcançar. Afinal, por que Cristo morreu?

Num primeiro momento, a maior parte de nós responderia: Ele morreu para nos salvar. Tal resposta não está errada, mas trata-se apenas de uma verdade parcial, incompleta E toda verdade parcial sobre um fato pode nos levar a uma visão completamente equivocada sobre o mesmo.

Sobre a razão da morte de Jesus, Paulo nos diz: “Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos” (Rm. 14:9). Aqui, a palavra Senhor não é mero pronome de tratamento. Ela não é dirigida a Jesus como mero sinal de respeito. Senhor significa dono, proprietário. Portanto, Ele morreu não para ser respeitado e homenageado, mas para ser obedecido. Afinal, não faz sentido algum chamá-lo de Senhor e não fazer o que Ele manda (Lc. 6:46). Em outro momento, Paulo esclarece: “E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Co. 5:15). Você está vivo? Então Cristo morreu e ressuscitou para que você viva para Ele.

Para entendermos essa verdade, precisamos lembrar que todos nós éramos inimigos de Deus (Rm. 5:10). Vivíamos segundo a vontade da carne e dos pensamentos (Ef. 2:1-3). Ou seja, vivíamos a partir da nossa própria forma de ver as coisas, decidíamos a partir de nossos critérios equivocados, pensamentos carnais, visão distorcida, como se fôssemos donos do próprio nariz, virando as costas para Deus. E assim, merecíamos a justa condenação. Mas Jesus assumiu essa condenação, e abriu o caminho que nos leva a Deus. Contudo, para deixarmos a condição de inimigos e estarmos em paz com Deus, há uma condição: deixar a rebelião, e reconhecer o governo, o senhorio de Cristo. Ou seja, somos salvos quando nos rendemos a Cristo. Afinal, como Jesus nos disse: “qualquer de vocês que não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:33).

Jesus veio sim para salvar, mas salvar os que se entregam a Ele, e o reconhecem como Senhor. Chegará o dia em que todos reconhecerão que Jesus é o Senhor. A diferença entre as pessoas se dará pelo seguinte: os que desde agora reconhecem com seu estilo de vida que Jesus é Senhor, ouvirão o próprio Jesus: “vinde benditos de meu Pai”. Mas, aqueles que deixarem para confessar que Jesus é o Senhor apenas naquele dia, ouvirão: “apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Fica então a pergunta: ainda há alguma área na sua vida em que Jesus não é reconhecido como Senhor? Existe algum setor em que a vontade dEle ainda não é feita? Se sim, então que hoje seja um dia de arrependimento, e você se renda completamente a Cristo. Viva por aquele que morreu por você.

Anderson Paz – Twitter: @AndersonPaz

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