Reflexões

O amargo preço da fuga

“Como o vaso, que ele fazia de barro, quebrou-se na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos olhos do oleiro fazer.” (Jeremias 18:4).

Muitas vezes somos disciplinados para poder ouvir a voz e a vontade de DEUS nas nossas vidas. Toda disciplina no primeiro momento, não é motivo de alegria, mas de tristeza. Porém, quando a recebemos, seu resultado gera frutos eternos para as nossas vidas.

No momento em que eu estava sendo disciplinada, não conseguia enxergar as mãos de Deus agindo. Escolhi ir para a caverna, me isolando, buscando meus próprios interesses. Contudo, ainda que eu tenha escolhido me esconder, o Senhor teve misericórdia da minha vida, me preservando e guardando nesse tempo.

O orgulho ainda gritava dentro de mim. A falta de arrependimento estava impedindo o oleiro de me quebrar e começar a fazer um vaso novo. Neste momento, comecei a ver o amor de Jesus através da igreja. Fui muito confrontada e comecei a sair da caverna. Neste processo fui quebrada, amassada e colocada na roda para ser moldadatransformada. Deus começou a trabalhar naquela peça dura, seca, sem forma e sem vida. Ele foi retirando toda pedrinha que ainda estava escondida no barro. Começou então a transformação. Aquele barro começou a tomar uma forma. Com as suas mãos Ele foi trabalhando em mim de dentro para fora, comecei a enxergar a disciplina de Deus na minha vida como um privilégio, voltei a me sentir filha e não bastarda. Lembrei-me da passagem do filho pródigo voltando para casa, voltando para o PAI. Eu estava perdida, sem rumo, sem visão, estava morta e JESUS me deu a vida, me ressuscitou.

Agora todo meu egoísmo, toda minha amargura, toda a minha impureza, estavam sendo tratados. Depois que o oleiro dá forma ao vaso, ele o queima no fogo, tira o mau cheiro do vaso, ou seja, nossos pecados, as nossas impurezas. O fogo nos purifica e faz o vaso ficar mais resistente. Já não dava mais para rejeitar o Seu chamado, Seu toque. Então me rendi ao meu Senhor. O oleiro quer fazer de nós vasos semelhantes a Jesus, conforme Sua imagem e semelhança.

O preço que se paga por estar longe dos braços do PAI é muito alto, durante esse tempo que retrocedi, deixei de abençoar vidas, deixei de ser abençoada pela minha liderança, deixei de aproveitar a comunhão com a igreja (irmãos), não valorizei as coisas que o Senhor tinha me dado. Mas quando desci à casa do oleiro e me rendi, Ele me quebrou e me fez um vaso novo.

“Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos.” (Is 64:8)

Sandra Menezes

Conexão Eclésia
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