Alegria conquistada
Sou filha, esposa, mãe de quatro filhos e dona de casa. Quando passei a ser filha de Deus ganhei também muitos irmãos e mesmo com tantas tarefas, sempre dou um jeitinho de encaixar tudo em sua devida ordem, e servir ao Senhor e à sua igreja.
Mas nem sempre foi assim. Precisei de muita ajuda. No início, nem percebia o que se passava ao meu redor, se havia alguém fazendo alguma coisa, preparando as salas das reuniões da igreja, cuidando das crianças ou recebendo as pessoas. Só mais tarde percebi que determinadas pessoas que serviam não estavam dentro dos encontros apenas recebendo, mas sempre estavam ocupadas servindo. Minha visão começou a ficar diferente, comecei a pensar em como poderíamos construir algo sem que houvessem trabalhadores. Então, fui prestando mais atenção e vendo que determinadas tarefas eram feitas, às vezes, por uma só pessoa e isto começou a me incomodar. Então, fui me oferecendo cada vez mais para o trabalho e fazendo o que era necessário, sem mesmo alguém me solicitar. Se havia algo pra fazer, já me colocava à disposição. Uma pessoa muito querida me ajudou e me ensinou bastante a servir em tudo que podia, tudo o que estava ao meu alcance.
Com o passar do tempo, mesmo com tanta vontade de servir à igreja, às vezes queria fazer do meu jeito, não me submetendo ou seguindo a minha liderança. E isto não foi bom. Essa forma egoísta de servir me afastou da comunhão com o corpo e do serviço.
Hoje, tenho cravada em meu coração a missão de servir com alegria, compreendendo meu papel de liderada e não abro mão dessa felicidade. Me sinto muito feliz em saber que agrado o coração do meu Pai. É tão bom, tão legal, tão especial. Fico muito empolgada quando estou me doando ao Senhor. E é incrível que quanto mais eu sirvo à Igreja, mais eu sinto vontade de me colocar à disposição e continuar servindo. É um engano achar que não estamos sendo abençoados quando estamos fora de uma reunião da igreja, dando suporte à mesma, ou apenas trabalhando lá dentro mesmo, ou ainda em outro ministério. Recebo muito de Deus, atuando e colocando em prática a Palavra através dos relacionamentos. Tenho visto também muitos frutos com meus próprios filhos. Por exemplo: o mais velho já faz parte de dois ministérios e os outros sempre me perguntam quando podem ajudar, e sempre que posso, os levo comigo .
Agradeço por ter esta oportunidade preciosa em minha vida. Não há dia, não há hora e nem lugar, sempre quero estar pronta pra trabalhar. E realmente temos muito a fazer. Estamos juntos neste propósito, com o mesmo objetivo de construir uma Igreja forte para multiplicarmos com qualidade. Quero ser alguém com quem sempre podem contar, que o próprio Deus pode contar.
“Há maior felicidade em dar do que receber” (Atos 20,35)
“A seara é grande, mas os ceifadores são poucos” (Mateus 9,37)
Ana Cláudia Campelo Matheus
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