A Necessidade de Quebrantamento
A jornada de 40 anos no deserto pelo qual o povo de Israel passou, pode-se comparar de certa forma com a caminhada do cristão em meio ao deserto do seu próprio coração. O capítulo 8 do livro de Deuteronômio, nos mostra que o Senhor permitiu que este povo peregrinasse quais perdidos pelo deserto por todo aquele tempo com um único objetivo, gerar quebrantamento em seus corações.
O orgulho, fator que levou Adão a pecar e experimentar morte espiritual e física, impregnou o coração do homem ao ponto de se tornar algo inerente a ele. Naturalmente a raça humana se tornou orgulhosa, pois o mesmo Adão gerou filhos e filhas à sua imagem. Este orgulho tornou-se a essência do caráter humano e na vida prática manifesta-se de diversas formas sendo uma delas a auto-suficiência. O que era totalmente inconcebível na criação tornou-se natural para o homem: viver sem ter Deus como a sua fonte de vida, seu tesouro, seu pão, sua água, sua única suficiência. É impercepitível ao homem sua total fragilidade e dependência de Deus, vivemos como donos do tempo, como se fôssemos capazes de governar a vida sem perceber que isto é a essência de todos os males que sofremos. Como a criatura pode saber a melhor forma de funcionamento para sua existência em lugar de seu Criador?
É possível que haja mais motivos para Deus nos conduzir a um deserto por meio de dor e sofrimento, mas tenho certeza que o principal é quebrantar nossos corações, abrir nossos olhos e nos libertar do orgulho, da auto-suficiência. É ali que somos revelados que Ele é tudo para nós. O EU SOU se mostra para nós e entendemos que NADA SOMOS.
Quão urgente e desesperadora é essa revelação para nós e quão desejoso é Deus de que alcancemos esse coração, manso, humilde e quebrantado.
Que vejamos isso e que Ele seja de uma vez por todas o nosso maior tesouro.
Em Cristo,
Soli Deo Gloria
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